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12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Estudantes de Teresina presos, feridos e violentados. Algumas considerações!

11 de Janeiro de 2012, 22:00, por Flávia Rocha - 0sem comentários ainda

A capital do Piauí, desde quarta-feira (04/01), é sede de um forte protesto de encher os olhos de indignação. Dezesseis jovens foram presos, quatro menores apreendidos, outros foram feridos e arrastados como animais. Para aumentar a revolta, a soltura dos estudantes está submetida ao pagamento de fiança no valor de R$ 6.220, cada.

“Balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e bombas de luz e som foram utilizadas pelas tropas da Polícia Militar para dispersar o movimento” (fonte: Rômulo Maia, Portal AZ) #contraoaumento da passagem de ônibus urbano em Teresina.

A manifestação ganhou grande repercussão nas rodas e redes sociais. Muitos jornalistas e artistas horrorizados com a truculência da polícia e com a falta de ação, de diálogo, de competência política do Poder Executivo Estadual e Municipal. Outros, representantes modelo da sociedade do capital, chegam a bater palmas e até oferecer honrarias à violência da polícia, em prol da “ordem”, da defesa do bem material e do suposto direito de ir e vir.

Durante sete dias, mesmo com tamanho conflito envolvendo prisões de jovens, violência física contra os manifestantes e avenida congestionada, não se ouviu falar, na imprensa local, de posicionamentos das principais lideranças políticas do Estado e do Município.

Com um show de equívocos que poderiam render um livro, destaco aqui apenas alguns:

1º equívoco: o atraso ocasionado pela falta de diálogo. [A possibilidade de equacionamento dos problemas está posta. O que falta é preparo, coragem e vontade de agir pelo verdadeiro bem: o coletivo] ;

2º: a ideia de sociedade civil como inimiga do Estado. [O que está aí é o dos moldes da Ditadura Militar, quando o bem (civil) lutava contra o mal (militar). Não se deve pensar a sociedade civil longe do Estado. Os políticos estão no poder representando a sociedade, para lutar pelos interesses dela, e NÃO o contrário];

3º: permitir tamanha violência contra estudantes que estão lutando por uma causa pública. [Como assim, em plena Era da Informação, o Estado permitir isso? Se os seus representes não se preocupam de fato com o bem estar social, pelo menos que se preocupassem com a sua própria imagem. Afinal, há eleições bem próximas por vir];

4º: depredar ônibus [Por parte dos manifestantes: os ônibus, mecanismo de transporte de estudantes e trabalhadores, não são os inimigos. Geram “belas” imagens para a TV, porém, não geram resultados reais. O que acontece: os manifestantes dão de presente para a direita um argumento para diminuir a força e a credibilidade do movimento. Além disso, no futuro, os empresários não arcarão com os prejuízos sozinhos. Os usuários cedo ou tarde pagarão o “pato”];

5º: motoristas de carros particulares como inimigos. [Eles não são os inimigos. Esses teresinenses, como todo brasileiro, não têm culpa de um sistema que favorece quase que exclusivamente o uso de carros. Até porque para o Estado capitalista, a indústria automobilística precisa lucrar com a venda de carros e, depois, de presente, financiar campanhas políticas. A indústria da construção civil também precisa lucrar. Primeiro, se constrói errado, depois desconstrói, para, mais tarde, construir tudo de novo como deveria ter sido feito desde a primeira obra];   

6º: querer forçar a adesão ao movimento [Na sociedade de classes, é natural o conflito de interesses, a divergência de opiniões, e, claro, a falta de entendimento sobre a raiz do protesto, porque, afinal, são poucas as pessoas educadas para os movimentos sociais];  


7º equívoco: quem está em Teresina deixar de participar do 9º dia de manifestação, nesta quinta-feira (12), a partir das 9 horas, com concentração na praça Demóstenes Avelino (do Fripisa), no centro. Além da natureza da causa, o movimento vai contar com apresentações musicais.


 Para ver vídeos da manifestação, clique aqui!

 

http://youtu.be/w9dnQQJyVDI

 

 



Nova vitrine virtual do Cirandas fortalece empreendimentos solidários

14 de Dezembro de 2011, 22:00, por Flávia Rocha - 33 comentários

Por Flávia Rocha*

O Dia da Economia Solidária é uma data para comemorar e, de presente, o Cirandas ganha, dá (e distribui aqui) duas notícias, sem modéstia, pra ficar na história. É um marco significativo porque demonstra de fato que o Cirandas tem muita razão de existir. Não é só um sonho, é realidade nas mãos. É uma rede com força nos nós. É um mecanismo que já faz parte do dia a dia de empreendimentos solidários no Brasil.

E, de concreto, quais notícias são essas? Uma é que entrou no ar, neste 15 de dezembro de 2011, a nova vitrine virtual dos empreendimentos solidários no Cirandas, que possibilita uma melhor visibilidade para os produtos, mais facilidade de comunicação entre empreendimentos e clientes e, assim, maior capacidade de vendas, fortalecendo o comércio justo e solidário.

A outra: o Cirandas já é considerado uma plataforma essencial de vendas. Segundo Mário Sérgio, diretor comercial do empreendimento Art Gravatá, que foi responsável por solicitar a nova vitrine, "o catálogo no Cirandas é um suporte importantíssimo porque quase 100% das nossas encomendas são feitas pela internet".

Eu, Flávia, fui convidada para participar dessa festa dando esta simples colaboração (minha primeira para a Economia Solidária), contando o significado do Cirandas para a Art Gravatá, um empreendimento pernambucano de economia solidária que atua principalmente na fabricação de brinquedos educativos, vendendo cerca de 200 tipos de produtos para creches, escolas, universidades, livrarias e clínicas de terapia ocupacional de vários estados brasileiros. Atualmente, o empreendimento é formado por oito artesãos: Sandra Maria, Josenildo, Romildo, Severino, Luizinho, Cosmo, Deleon e Mário Sérgio.

A primeira pergunta para Mário Sérgio foi "como o Cirandas tem contribuído para a Art Gravatá". A resposta não deixa dúvidas: "Ajudou muito. Em 2005, a gente começou a explorar a internet através de um fotolog. Em seguida, um projeto de extensão da Universidade Federal do Pernambuco criou um site nosso, em flash. Ficou bonito, mas pouco funcional. Depois disso, o Cirandas apareceu. Cadastrei, mas deixei pra lá. Em 2009, o fotolog saiu do ar  e perdi tudo. Fiquei com a cabeça quente e não sabia o que fazer. Aí me alertei para o Cirandas, que é um site, como se fosse uma loja, que tem a 'localização', o 'histórico', a 'missão', o 'catálogo', toda uma estrutura. É um site que sei usar. É só logar e colocar as fotos. Ajuda muito a vender. Todo contato que é feito, mostro o Cirandas. Sem essa ferramenta é como um prego sem martelo", conta.

Mário Sérgio ainda chama a atenção de outros trabalhadores de empreendimentos solidários no Brasil para o uso do Cirandas como suporte. Para ele, não usar esta ferramenta significa perder espaço e oportunidades. "Gostaria de ver mais empreendimentos cadastrados e usando ativamente o Cirandas porque é muito importante para fazer o intercâmbio", conclui.

Segundo Daniel Tygel, um dos idealizadores e integrante da equipe técnica do Cirandas, mais novidades vêm por aí, entre elas o Cesto de compras para pedidos virtuais, o Preço Aberto ao Consumidor e o Farejador de Oportunidades. "São ferramentas que buscam, por um lado, fortalecer a presença econômica da economia solidária na internet, e, por outro lado, favorecer a articulação entre empreendimentos solidários e deles com consumidores em redes e cadeias de produção, comercialização e consumo", destaca.

Veja a nova vitrine da Art Gravatá no Cirandas

para ampliar, passe o mouse sobre a imagem e clique em "ampliar"


Serviço: Para conhecer e adquirir os produtos Art Gravatá, visite www.cirandas.net/art-gravata. A Loja e Fábrica é localizada na Rua Cleto Campelo, 96 - Centro - Gravatá - PE - Brasil - CEP: 55.641-000 - Fone/Fax: (81) 3533-0501.

 

*Flávia Rocha é jornalista, mestranda em Comunicação da UnB e a usuária n°5.026 do Cirandas.