Gehe zum Inhalt

Warenkorb

Warenkorb leeren
Einkauf beenden
Gesamt:
Warenkorb anzeigen Warenkorb verstecken

Fórum Brasileiro de Economia Solidária

Zurück zu Novidades da Economia Solidária
Vollbild Einen Artikel vorschlagen

Organizações demandam mais estrutura para Economia Solidária no Brasil

July 18, 2011 21:00 , von Unbekannt - 0no comments yet | Es folgt noch niemand diesem Artikel.
191 Mal angesehen:

Por Karol Assunção*

Estrutura para continuar as ações e os projetos. Essa é a principal demanda dos movimentos ligados à economia solidária (Ecosol) no Brasil. Neste ano, a luta das organizações se concentra na mudança do Projeto de Lei 865 - o qual passa as atribuições do Conselho Nacional de Economia Solidária (CNES) para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa - e na proposta de Lei de iniciativa popular que cria a Política Nacional de Ecosol, o Sistema e o Fundo Nacional de Economia Solidária.

Em entrevista à Adital - concedida durante as Feiras de Economia Solidária em Santa Maria (RS) -, Rosana Pontes, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), destaca as principais demandas do movimento e as expectativas em relação às discussões do PL 865. Confira a entrevista.

Adital - No dia 31 de março, o Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (PL 865), o qual foi rechaçado pelo Fórum e outras organizações ligadas à Ecosol. Quais os principais pontos questionados pelas organizações?

Rosana Pontes - A grande surpresa com esse PL não foi a criação da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas porque isso já estava dado pela presidente durante a campanha, no ato de sua posse também, que seria criado um espaço para as micro e pequenas empresas pela conquista e luta que elas vêm fazendo. Isso o movimento sabia e inclusive apóia. Agora, o que nos estranhou foi porque, enquanto economia solidária, nós também estávamos nesse movimento desde a Conferência Nacional [de Economia Solidária].

Nessa segunda Conferência, em 2010, esse tema voltou à tona e dessa vez tinha passado como deliberação a criação de ministério ou uma secretaria especial vinculada à presidência para a economia solidária. E foi a deliberação do movimento. Então, enquanto Fórum Brasileiro, nós estávamos seguindo nesse caminho.

E esse PL 865 veio colocando as atribuições do Conselho Nacional e as atribuições da economia solidária para dentro dessa nova secretaria. Então aí o susto foi nisso, não a criação da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas. Nesse PL, a única coisa que fala em economia solidária é esse tópico: o Conselho Nacional e suas atribuições passam para a Secretaria. E aí nele não tinha nenhuma garantia de estrutura, de quadro, de programas, de projetos, de recursos.

E aí isso, dessa forma assim, de certa forma jogada, era o que o movimento não poderia aceitar. Porque a gente está vindo em uma construção crescente de diálogo, de debate, de construção, e aí não era simplesmente ir para uma secretaria especial, sair do Ministério do Trabalho o que o movimento estava querendo. O movimento estava querendo uma estrutura onde o Governo tivesse uma estrutura dentro dele com um maior âmbito e autonomia para dialogar com todos os outros ministérios.

Adital - Efetivamente, o que mudaria com a inserção das atribuições do Conselho Nacional na Secretaria da Micro e Pequena Empresa?

Rosana - Uma coisa que a gente puxou com as nossas audiências foi a questão da identidade. O que a gente colocou é que temos muitas coisas em comum, muitas lutas em comum, como a questão da tributação, a questão de como vários empreendimentos de economia solidária são informais e isso faz com que não participem de licitação, faz com que não façam vendas institucionais... Indo para dentro das micro e pequenas empresas, o medo é que se resumisse a economia solidária somente à geração de renda.

Eu sou de empreendimento e era uma coisa que a gente não gostaria que acontecesse. Porque nós queremos gerar renda, sim. Nós precisamos da renda, da venda, da comercialização dos nossos produtos para sobreviver, mas nós queremos ter o direito de ter um crédito coletivo, de, na hora de legalizar, ser uma forma institucional jurídica para o coletivo, o que não tem. Nós queremos produzir preservando o meio ambiente, respeitando o ser humano, respeitando as mulheres, não tendo trabalho infantil. E todos esses princípios que a gente defende tanto não ficam tão vistos dentro das micro e pequenas empresas, que são pessoas, famílias ou indivíduos que têm a fonte de recurso para comprar e compra a mão de obra trabalhadora.

Adital - Três meses depois das discussões do PL, como está atualmente o andamento?

Rosana - Desde que foi lançado o PL nós fizemos a nossa carta aberta divulgando o repúdio a esse processo de não diálogo para todos os lados e conseguimos com o grupo formar dois grupos de trabalho: um tripartite entre a Senaes, a Frente Parlamentar de Economia Solidária e o Fórum Brasileiro para saber como é que iria está sendo esse trâmite do PL dentro do Congresso; e também fizemos um grupo de diálogo junto à Presidência, onde tem representantes do Governo e do Fórum Brasileiro também.

Conseguimos dentro desse diálogo um acordo de voltar um pouquinho para poder refazer o que não tinha sido feito, que era o diálogo com a sociedade. Então fizemos várias audiências públicas, uma nacional e 22 estaduais. Fizemos uma vídeo-conferência com os fóruns estaduais para poder elencarmos todos os seus posicionamentos que saíram dessas audiências e tiramos um consenso de qual seria o caminho a seguir e solicitamos à presidência um pedido de audiência para que a gente pudesse entregar esse documento de consolidação de todas as audiências públicas como resposta do movimento para esse processo. Ainda estamos aguardando o retorno para essa audiência.

O que nós sabemos é que agora, com o recesso, está parado o PL. Teve uma mudança nesse período da troca da comissão. Saiu da comissão do trabalho e está na comissão de indústria e comércio. Temos notícia de que em agosto, quando voltar as atividades do Congresso, o PL vai voltar para a pauta, mas que também está tendo uma elaboração do governo para uns aditivos ao PL. Estamos tentando fazer diálogo, solicitamos algumas audiências, vamos conversar para ver se o que nós solicitamos, que era o resultado dessas audiências públicas, foi levado em consideração pelo Governo.

Adital - No ano passado, o Conselho Nacional de Economia Solidária elaborou uma proposta de Lei que cria a Política Nacional de Ecosol, o Sistema e o Fundo Nacional de Economia Solidária. Qual a importância da proposta na atual conjuntura?

Rosana - A gente estava dentro de toda uma programação, já inclusive com a Comissão de Transição da época e com a Comissão de Governo para colocar a proposta do que a 2a. Conferência tinha dito do que era que a gente estava pedindo, com a proposta da criação de um Fundo Nacional, criação da Lei Nacional, o Programa Nacional para o Desenvolvimento da Economia Solidária para que a gente deixe de ter programa de governo para termos políticas públicas para economia solidária.

Ele [o projeto de iniciativa popular] tem a importância para dizer qual é a nossa diferença, o que é que temos em comum e lá estão todos os projetos. Estamos na campanha para coleta das assinaturas para que a gente possa efetivar a questão popular e isso tem importância porque, com a lei geral de economia solidária, vai dar realmente a política pública de economia solidária, a sustentação, a base para que a gente possa desenvolver as ações e projetos.

Esse projeto de lei dá a noção ao governo inclusive do que é que a gente está esperando em termos de estrutura. Se hoje vai se criar a Secretaria Especial de Economia Solidária, se não vai se criar ministério, o governo sabe que é isso o horizonte que o movimento está seguindo e é para isso que a gente vai continuar trabalhando, fazendo nossas contribuições. Agora, onde o governo bote a economia solidária, ele vai estar consciente de qual a estrutura que a gente precisa, que a gente quer, que a gente solicita.

Por hora, a gente não vai estar reivindicando, batendo pé ou exigindo a criação de ministério, de secretaria especial, mas de estrutura para que a gente possa continuar, para que a Senaes possa continuar desenvolvendo o trabalho, as ações e ampliando esse processo que aqui no Brasil ainda tem muita coisa por se fazer, inclusive vinculando a questão do resgate da cidadania, da erradicação da pobreza extrema.

As matérias sobre Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

* Jornalista da Adital


Quelle: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6257&Itemid=62

0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    Die Felder sind zwingend erforderlich.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen

    FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária

    Brazil