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Entidades rechaçam eleição do deputado Marcos Feliciano para Comissão de Direitos Humanos

March 12, 2013 21:00 , by Unknown - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Fonte: Adital (www.adital.org.br)

O rechaço à eleição do deputado Marcos Feliciano (Partido Social Cristão) para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em Brasília, segue gerando polêmicas. O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia)emitiram notas criticando, questionando ou refletindo sobre a escolha do deputado, que também é pastor.

A polêmica começou com os depoimentos públicos disponíveis em canais de vídeo e em redes sociais nos quais o deputado se mostra pouco condizente para um cargo relacionado aos direitos humanos. No entendimento de algumas organizações, ao denominar a Aids de "câncer gay" ou afirmar que os negros são amaldiçoados por conta de uma questão bíblica, o pastor assume, sim, uma postura homofóbica e racista - motivo maior pela rejeição de seu nome ao cargo de presidente.

HIV não pergunta pela orientação sexual

No último sábado (9), houve manifestações em várias cidades brasileiras e nas redes sociais a insatisfação é notória. Ainda esta semana, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids divulgou uma nota em que afirma se junta aos que pendem a impugnação da eleição.

Se referindo especificamente ao depoimento do deputado sobre a Aids, a Associação esclarece: "O HIV não pergunta por sexo, orientação ou identidade de gênero. O vírus tem se propagado por todas as camadas da população brasileira". Acrescenta ainda que o infeliz comentário do presidente da Comissão pode levar as pessoas a não se tratarem da doença, negando a elas direitos humanos básicos à saúde.

"A prevenção da transmissão do HIV necessita do engajamento de todos, e isso é impossível se às pessoas vivendo com HIV ou AIDS se negam direitos elementares de cidadania. É na verdade mais grave, nesse caso, pois o Pastor Feliciano afirma sistematicamente que a luta pelos direitos LGBT é "ativismo de satanás", ou seja, suscitando inclusive formas extremas de exclusão ou mesmo violência", ressaltou a Abia em nota.

Não se justifica, mas se explica

Para o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), há claramente uma orquestração entre as forças conservadoras do poder que, mesmo com todos os protestos feitos antes, durante e depois, têm na eleição de Feliciano e do senador ruralista Blairo Maggi (Partido da República), que assumiu a presidência da Comissão do Meio Ambiente, uma vitória.

"O Cimi entende que a chegada do PSC e de Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e a eleição do Senador Blairo Maggi (PR/MT), ruralista aliado de Dilma e muitas vezes elogiado por Lula, para a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado não é coincidência. Para os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, camponeses, homossexuais, mulheres, negros, vítimas da ditadura militar, trabalhadores em situação análoga à escravidão, familiares de vítimas de grupos policiais de extermínio e defensores do meio ambiente as duas Comissões eram importantes trincheiras institucionais na defesa de seus direitos".

Descredenciado para os Direitos Humanos

No último domingo (9), foi a vez do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) que resolveu se manifestar contra a representação de Feliciano à frente dos Direitos Humanos da Câmara, reafirmando que os conteúdos discriminatórios estão longe de fazer do pastor um presidente à altura de uma instância tão importante para a população.

"Expressamos nosso repúdio ao processo que levou à escolha do deputado Marco Feliciano (PSC), o qual, por suas declarações públicas, verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e preconceituoso contra minorias, responde a processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Tal comportamento o descredencia para liderar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e propugnamos por seu imediato afastamento",

O Conselho Nacional de Igrejas é formado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana do Brasil, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Sirian Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida.


Source: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7384&Itemid=62

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