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transitiva e direta

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

webcantada

27 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


poeminhos, foto inteira, 
iscas pra quem curte.
atrás do monitor
o rapaz perde o pudor,
lança rotas com seus truques.

diz que faz e acontece
saliva? suor? amor?
quer tudo de gute-gute.

ah! faça-me o favor,
dê um clique antes que eu surte:
quero ver é ter coragem
de se lançar em alto mar
bem longe do facebook. 

imagem surrupiada da fantástica Mariana Belém -> aqui



alada

24 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



corriqueira, sem glamour,
mundana dentro do lar.
as listras do meu pijama
criam gotículas no ar.
tocam discos, panelas,
varais, placas de rua, 
aspirador, aqui dentro,
do lado de lá.
chove estrelas no corredor!
queima o sol, inunda a sala.
arara, livros, ventilador
dançam livres até cansar.
entocada, descabida.
fecho a porta, abro as asas.
.
não é aquário, é mar!



imagem surrupiada da fantástica Mariana Belém -> aqui



abrigo

23 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda






se a vida, camarada,

fustiga a nossa dança,
e tudo é um balé
de sentimentos...


eu encalço o teu passo

e te guardo do perigo
na fina teia
do meu vestido.



vai passar

23 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


o cansaço dos anos inundava sem piedade as linhas do rosto daquele homem. o sol a pino no céu marcava pouco mais de meio-dia, mas ele ainda haveria de descarregar mais de dois terços do caminhão de areia antes de almoçar. o intervalo para a marmita era, sem dúvida, o momento mais sagrado do dia. e era nisso que ele pensava enquanto enchia o carrinho-de-mão com a areia que tirava da caçamba.

a cidade cheia de prédios sucumbia ao calor mormaçado do asfalto. a mecânica se repetia: primeiro, o homem segurava firme o cabo de madeira com as duas mãos. depois, erguia a pá vazia até a altura da cintura e, como se a pá virasse uma lança, o homem negro e magro a fincava com raiva no monte de areia caído do caminhão.

a placa de ferro da pá desaparecia afundada na areia e voltava cheia de minigrãos para serem despejados no carrinho-de-mão. havia pelo menos o dobro de trabalho por fazer ao longo do dia. aquilo levaria a tarde inteira. era uma tarefa maçante, o dinheiro era pouco, a vida toda trabalhando para no máximo pagar as contas ao final do mês.

aluguel, luz, água, pensão, crediário. tanto sonho hipotecado, dívidas fazendo sombra nos ombros fatigados e aquele calor de rachar. mas era fevereiro, mês do brilho no olhar. a fantasia já estava pronta, em casa, roupa de rei esperando por ele em cima do sofá. terça-feira de carnaval. o samba-enredo na ponta da língua. mais 6 horas não são nada. faltava pouco, quase nada, praquele homem trocar a cuíca pela pá.



mantra

28 de Novembro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

.
eu resisto bravamente a você.
eu resisto bravamente a você.
eu resisto bravamente a você.
eu resisto bravamente.
eu resisto.
eu.
você.



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