de beber
noviembre 28, 2012 22:00 - no comments yetpoesia em pó
destilada em água
corrente vira
prosa em calda
entre as margens
da gente.
não tem curso
obrigatório,
na garganta vira
repente. não tem
forma nem calor,
mas tem cheiro,
tem sabor e
um verso
na espreita,
sempre iminente.
céu da boca
noviembre 27, 2012 22:00 - no comments yetquando a lua
míngua,
meu anoitecer
dissaborado
estala em anis
estrelado,
pimenta de cheiro
pitanga, frio,
amargo, quente,
gelado,
sob o céu da tua
boca, o tempero
do nosso beijo
desperta agridoce,
ardente,
saturno caramelado.
poesia adormecida
noviembre 14, 2012 22:00 - no comments yetpausa de enquantos!
a poesia também precisa
descansar! livrar do peito
esta seresta desafinada
da martelada rotina...
criar cenários de silêncios,
abandonar lentamente
os véus e as máscaras
do dia a dia.
deitar na rede
pendurada sem paredes,
pisar estrelas no chão,
brincar de amarelinha,
nadar pelos ares em
braçadas, monotonias.
só a poesia descansada
consegue tocar a vida
pelas frestas
da própria vida vazia.
povoada
septiembre 27, 2012 21:00 - no comments yetse o corpo é a casa, a varanda é a mente.
o quintal, tem o mundo da família.
- humanidade procriada em corações.
.
com a alma debandada de fronteiras,
crio cidades fantasmas e sociedades
primatas lançam fogo no meu interior.
de cada estrela resta sua poeira,
sou passado e presente em tensão.
em cada novo há séculos e mais séculos de tradição.
sobre o amor, quem atira a primeira pedra
fundamental da existência?
não me venham com suas teorias ligeiras!
não sou eu, de dedo em riste, a fincar meus
alambrados nos olhos mais deslumbrados
de quem se lança no mundo.
se não há contradição.