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desbrasília
marzo 30, 2013 21:00 - no comments yet
pulo fora em grande estilo.
vou embora de verdade.
não adianta dar chilique
nem morrer de saudade.
mas se você quiser que eu fique...
já tenho o que propor:
nos mudamos pro conic
pra vivermos só de amor
reiventados na cidade.
foto: leopoldo silva
guerrilheiras guatemaltecas
marzo 30, 2013 21:00 - no comments yet
em outubro do ano passado, quando estive na marcha em comemoração aos 68 anos da revolução da guatemala, conheci um ex-guerrilheiro chamado estuardo mazc. ele estava na Plaza de la Constitución, conversando com @s manifestantes, quando eu o abordei e perguntei se ele poderia me contar a história das fotos que estavam expostas logo ao nosso lado.
antes de me dar qualquer explicação, estuardo quis saber de onde eu era. brasileira, respondi. "então, você é capaz de compreender nossa história. se fosse, gringa, seria mais difícil", ele disse, enquanto caminhávamos até o primeiro mural de fotografias.
meu interesse particular pelas imagens era sobre as mulheres guerrilheiras que apareciam nelas. infelizmente, não anotei nem lembro o nome de nenhuma mulher. mas publico abaixo algumas imagens e alguma informação, de legenda, que me foi contada por estuardo.
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| fuerzas armadas rebeldes da guatemala |
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| sistema de rádio para comunicação entre guerrilheiros |
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| o primeiro flerte de um casal que se formou durante a guerrilha. depois, casaram, tiveram filhos etc |
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| missionária que deixou o hábito para trás e se uniu às forças guerrilheiras |
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| marcha de 2012 |
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| retocando a maquiagem |
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| obama mantém preso numa gaiola o quetzal, pássaro que é símbolo da guatemala |
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| enfermeiras, dentistas e médicas também integravam os grupos revolucionários atualmente, estuardo mora na zona rural e planta quase tudo o que come. ele me contou o campo foi o destino de boa parte dos guerrilheiros sobreviventes. eles ainda têm contato entre si e realizam encontros eventualmente. a revolução de 44 derrubou a ditadura do general frederico ponce vaides e deu lugar às primeiras eleições livres no país e inaugurou um período de modernização do estado, com a ampliação dos direitos sociais. a guatemala esteve em guerra civil de 1960 a 1996, quando foram assinados os acordos de paz. no entanto, a violência segue, especialmente contra as mulheres. |
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| homens e mulheres feitos de milho |
Sun, 31 Mar 2013 13:19:00 +0000
marzo 30, 2013 21:00 - no comments yetem outubro do ano passado, quando estive na marcha em comemoração aos 68 anos da revolução da guatemala, conheci um ex-guerrilheiro chamado estuardo mazc. ele estava na Plaza de la Constitución, conversando com @s manifestantes, quando eu o abordei e perguntei se ele poderia me contar a história das fotos que estavam expostas logo ao nosso lado.
antes de me dar qualquer explicação, estuardo quis saber de onde eu era. brasileira, respondi. "então, você é capaz de compreender nossa história. se fosse, gringa, seria mais difícil", ele disse, enquanto caminhávamos até o primeiro mural de fotografias.
meu interesse particular pelas imagens era sobre as mulheres guerrilheiras que apareciam nelas. infelizmente, não anotei nem lembro o nome de nenhuma mulher. mas publico abaixo algumas imagens e alguma informação que me foi contada por estuardo.
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| fuerzas armadas rebeldes da guatemala |
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| sistema de rádio para comunicação entre guerrilheiros |
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| o primeiro flerte de um casal que se formou durante a guerrilha. depois, casaram, tiveram filhos etc |
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| missionária que deixou o hábito para trás e se uniu às forças guerrilheiras |
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| marcha de 2012 |
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| enfermeiras, dentistas e médicas também integravam os grupos revolucionários |
brecha
marzo 27, 2013 21:00 - no comments yet
sou eu que me saboto e vou criando necessidades para suprir o meu vazio de existir. muito cuidado, eu recomendo. porque quando a gente vê, já era. quando dei conta de mim estava tão colocado na engrenagem que parecia que tudo ia ruir se eu saísse. então eu fiquei no mesmo lugar, quietinho, paralisado de medo.
e caí.
caí
até
onde
não
há
mais
chão
para
cair.
até
onde
não
há
mais
chão
para
cair.
não consigo me mexer. me sinto rasgar em pedaços. estou imóvel e sei que choro porque vejo as lágrimas molharem o piso. meu corpo está sulcado de solidão e descobri que não importa o que eu simule querer; poder, status, socialismo, religião ou razão, eu só quero amor.
imagem: boligán
bioconstrução
marzo 26, 2013 21:00 - no comments yet
a arquitetura
do amor
comporta
a complexidade
que edifica e desmorona
o que há
de mais humano
em cada
indivíduo.
imagem: enfance
