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transitiva e direta

Gennaio 12, 2009 22:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

flores para as iabás

Novembre 21, 2011 22:00, by Unknown - 0no comments yet


sábado (19) tive a sorte assistir ao espetáculo "canto para as iabás", na casa de cultura mário quintana. são apenas quatro mulheres em cena e isso faz com que o resultado seja ainda mais surpreendente. o enredo é simples: duas na percussão; outra que dança lindamente e uma que recita, canta, também dança e acontece. (dizem que todas lançam feitiços). 

com duração de aproximadamente uma hora, a peça é uma celebração ao feminino. a poesia passeia por toda a cena: está nas palavras, na melodia, no embalo e nos olhos das meninas. enquanto elas batucam  evocando arquétipos dos orixás femininos, quem assiste não fica à margem de quem atua. 

o público (inclusive eu) permaneceu o tempo todo sentadinho, na sala cecy frank da sala de cultura mário quintana, em porto alegre, mas aposto que todo mundo sentiu o mesmo comichão de levantar e deixar-se levar pelos cantos de fogo, terra, água, ar e intuição.

as encantadoras têm um blog:





à sombra de um delírio verde

Novembre 20, 2011 22:00, by Unknown - 0no comments yet

acabei de assitir ao documentário "à sombra de um delírio verde", que foi divulgado nesta segunda (21) numa versão hd para a internet. o filme trata dos sucessivos massacres aos guarani kaiowá. infelizmente, o lançamento coincide com mais este revoltante ataque àquele povo.  

e se escrevo assim, no calor da hora, logo após ver o filme, é porque sei que esta raiva que estou sentindo agora só existe porque sou capaz de amar. e porque expor meus sentimentos é uma maneira de fazer-me sujeita desta triste realidade. e que se algumas vezes sou sujeita é porque noutras sou objeto.


e porque não dá para a gente mudar e fazer de conta que não mudou. chega de ver e fingir que não viu. olha, que triste, mais um assassinato de índio. desliga a tevê e vai dormir. estou bem orgulhosa do cristiano navarro, que é bom amigo e um dos diretores do doc. 


tornar-se consciente é um caminho de libertação. somos todos inacabados. alguns de nós, indomesticáveis. e se tudo der certo avançaremos sem acreditar nos nervosismos dos mercados financeiros, sedentos por mais lucros a qualquer custo.


a injustiça social não é uma fatalidade. em toda a américa latina o latifúndio estrutura os espaços sociais e políticos, determinando valores e hierarquizando as identidades culturais. por todos os lados, os índios foram marginalizados e reduzidos à sobrevivência. 


o afã de mercantilizar todos os aspectos da vida e explorar todos os recursos naturais não é uma fatalidade. 


a subordinação da vida aos interesses de meia dúzia de grandes corporações mundiais que acreditam que "o céu é o limite" não é uma fatalidade.

nem sempre foi assim. nem sempre será. tudo é parte de um processo histórico e só pode ser compreendido assim, nesse contexto. nós - humanidade - trilhamos um caminho controverso até chegarmos aqui. somos responsáveis por cada um dos nossos disparates civilizatórios. 


e precisamos mudar o rumo desta trajetória. talvez o filme contribua para compreendermos melhor este cenário dramático em que cada um de nós tem um papel especial.
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À Sombra de um Delírio Verde from Mídia Livre on Vimeo.



linguagem

Novembre 14, 2011 22:00, by Unknown - 0no comments yet



a palavra estala
na ponta da língua:
desejo.
a boca se abre,
quer libertar-se:
lampejo.
o som toca o ar,
revela o silêncio:
segredos.
ruídos se atrevem,
rompem a carne:
selvagens.


meus olhos atentos
te buscam sem erro:
no ouvido.
tua mão desafina,
confunde o caminho:
me toca.
tua língua entende,
engole a saliva:
garganta.
tua voz se levanta,
espanta meus ecos:
ruídos.


teus dedos conduzem
a nossa conversa:
avançam.
me enlaçam a cintura,
coxas e seios:
vacilam.
sou pura dúvida,
não ouso dizer-te:
receio.
contamos estrelas,
velhas histórias:
nem creio.


suspendo as roupas,
verdades são nuas:
miragem.


e roço com gosto
minha fala na tua:
linguagem.


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sempre gabriela?

Novembre 6, 2011 22:00, by Unknown - 0no comments yet



cansei de ser "boazinha".  meus amigos vivem dizendo que dou confiança a todo mundo, que não vacilo na hora de oferecer o meu ombro ou dar crédito a desconhecidos. a falta de tempo tem me feito rever prioridades e pensar que talvez meus camaradas tenham razão.


então, embora eu sempre prefira a emoção, ando com vontade me tornar uma pessoa mais "malvadinha". não quero mais faiscar minha energia por aí. até já rabisquei mentalmente uma estratégia: vou colocar um colar de alho no pescoço, sal grosso nos bolsos e me guardar de alguns tipos.


os primeiros da lista são os indivíduos-resultado. explico: sabe aquelas pessoas que são assim ou assado em decorrência de forças externas? que empenham toda sua capacidade inventiva na criação de argumentos para responsabilizar o pai, a mãe, o porteiro e o reverendo pelo que são e o que deixam de ser? pois é.


a culpa é sempre de outra pessoa e as lamúrias, infindas. "reprovei por que o professor era um desinteressado". "sempre quis ser ator, mas minha família não me apoiou e acabei administrador de empresas". "sou insegura por que meu marido me tolhe". e vice-versa-e-vide-o-verso-quem-tiver-tempo-sobrando, pois os exemplos enchem os dedos das mãos, dos pés e o saco de paciência de qualquer um.


por vezes, sobra até para saturno, vênus ou marte. a justificativa está nos astros. e tudo é desculpa para a pessoa não sair do lugar e ficar inerte na sua zona de conforto e lista de reclamações. é o que a gente chama de "síndrome de gabriela". algo como uma conveniente voz interior cantarolando "eu nasci assim, vou ser sempre assim...".


ai, francamente, ando com preguiça de gente assim, sempre gabriela. é claro que a vida seria mais bela se nosso chá já viesse com cravo e canela. vezenquando todos nós gostaríamos de abrir mão do tal livre-arbítrio e depositar as decisões confortavelmente no colo da mãe natureza.


mas se colocar no mundo como um acidente de percurso é uma atitude no mínimo regressiva. uma atraso. uma receita infalível para alcançar a infelicidade. e é disso que eu quero quilômetros de distância.


este texto é de 2008, mas tá valendo =)



traças, adeus!

Ottobre 29, 2011 22:00, by Unknown - 0no comments yet





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