nós, mulheres
7 de Março de 2011, 21:00 - sem comentários aindaofereço minhas mãos às mulheres lutadoras do mundo inteiro. agradeço as nossas antecessoras pelas conquistas até aqui. não retrocederemos nenhum passo na luta diária de ser mulher.
vamos juntas na direção de novos desafios. somos intransigentes diante da injustiça e da desigualdade. não toleramos maus tratos e estamos empenhadas em romper o silencio da violência.
não nos conformamos em ser objetos sexuais. somos absolutamente intolerantes com a submissão, repudiamos intimidações e buscamos exercer nossa cidadania plenamente.
estamos empenhadas na desconstrução de velhos paradigmas de gêneros. ao longo de toda a história, superamos obstáculos, medos, preconceitos e transgredimos em nome da evolução da humanidade.
assim caminhamos. cada vez mais cientes dos nossos direitos, não nos intimidamos: estamos comprometidas com um mundo mais justo para esta e as próximas gerações.
café com feijão
5 de Março de 2011, 21:00 - sem comentários aindaenquanto os três vulcões de antígua permanecem adormecidos, eu desperto todos os dias pela manhã e tomo um delicioso café da manhã guatemalteco.o cardápio típico inclui tortillas, ovos mexidos, molho de tomate e feijão. este da foto acima está na conta do hostel 5, onde eu e o reporteiro vinícius carvalho nos hospedamos.
e por falar nisso, neste post aqui o jovem rapaz dá o caminho das pedras para viajantes que queiram conhecer a cidade gastando cerca de R$ 35 por dia e sendo feliz de verdade.
no corpo errado
4 de Março de 2011, 21:00 - sem comentários aindaem cuba, tive a oportunidade de assistir ao documentário "en el cuerpo equivocado" numa sessão que contou com a participação de marilyn solaya, a diretora do filme. com rigor e sensibilidade, a película conta a história de mabi sues, um transexual cubano que mudou de sexo em 1988 - com apoio e financiamento do regime de fidel castro - que inclusive enviou flores para mabi, enquanto ela ainda estava no hospital, no período pós-operatório.
ao longo de 52 minutos, o que vemos é uma mulher de 50 anos contando sobre os significados que a mudança de sexo trouxe à sua vida. essas recordações vão desde a infância até a fase adulta e são carregadas de histórias de intolerância, tentativas de suicídio e, também, de amor. mabi casou-se em 1991 e levou sua vida adiante.
o cotidiano dela, no entanto, foi o que mais me intrigou. em grande parte do filme ela aparece passando roupas ou limpando a casa de uma maneira quase compulsiva. o paradoxo aqui é que mabi enfrentou milhares de preconceitos para mudar de sexo mas acabou caindo na armadilha da amélia-mulher-de-verdade, que busca encaixar-se no padrão da família tradicional. ou seja, mabi não apenas estava no corpo equivocado como também caiu no enredo da vida equivocada.
"mabi não resolveu isso como milhares de outras mulheres não resolveram. o que eu posso dizer é que depois de ver-se no filme mabi resolveu investir em algumas mudanças de comportamento que não vêm ao caso", ressaltou a diretora do filme em bate-papo após a exibição. de acordo com marilyn, o documentário foi rodado em 18 dias, mas o tempo de pesquisa atingiu quase uma década. "foram oito anos de contato com mabi. foi ela quem me procurou querendo contar sua história".
a intenção das duas mulheres é abrir espaço para debater e refletir sobre o tema da transexualidade e, com isso, contribuir para minimizar o preconceito e a desinformação. "no caso de mabi, por exemplo, muita gente que antes não falava com ela passou a vê-la de uma outra maneira após o filme", ressalta marilyn.
a diretora garante que durante as gravações seu censor ético esteve o tempo todo ligado e eu posso dizer que isso realmente fica claro do início ao fim do filme. "eu não posso simplesmente pensar 'nossa, que história incrível! vou fazer um pão e vender'. o documentário foi uma construção conjunta. mabi é uma pessoa e não um personagem. por outro lado, eu não podia construir uma mentira. buscamos fazer o filme da forma mais verdadeira possível", ressalta.
prêmio e censura
o longa faz parte da segunda edição do doctv américa latina e foi selecionado entre 355 projetos. a televisão pública brasileira exibiu ele no ano passado. na tevê cubana, no entanto, o filme foi censurado e não foi ao ar. de acordo com a diretora, outras tevês públicas dos países que participam do doctv prefiriram simplesmente cortar pedaços do documentário antes de apresentá-lo ao público.
mercado de artesanato em antígua
3 de Março de 2011, 21:00 - sem comentários aindapara compartilhar com @s amig@s que visitam este blogue, um passeio rapidão pelo mercado de artesanato em antígua, na guatemala. a câmera é humilde, a cinegrafista meio atrapalhada, mas a intenção é boa =)
um lugar saboroso
2 de Março de 2011, 21:00 - sem comentários ainda
dos zilhões de lugarzinhos encantadores que existem aqui em antígua, gostaria de fazer uma menção honrosa a um café-restaurante-etc chamado sabe rico. fui apresentada ao lugar por minhas queridas amigas guatemaltecas, alejandra e gabriela, que me levaram lá para jantar na noite do meu aniversário =)
pois eu já voltei um par de vezes ao café e recomendo muito. antígua é uma cidade cheia de mistérios gastronômicos: você passa na rua e vê uma portinha despretenciosa, do lado de dentro há um balcão igualzinho ao da padaria da esquina da sua casa e, claro, você é incapaz de imaginar o universo de microclimas que o restaurante guarda no seu interior.
anteontem passei no sabe rico mais uma vez só para fazer estas fotos aqui debaixo. diferente dos outros dias, o restaurante estava completamente vazio. uma calmaria só... do jeito que o viajante slow gosta e merece.
os preços não são dos mais baratos - para o meu bolso de mochileira, claro, mas com o real a nosso favor também não chega a ser impraticável. ademais, os pratos são deliciosos e diversificados, com um montão de opções vegetarianas. para quem pretende visitar antígua, é bom guardar este endereço: 6 avenida sur número 7, entre Calles 5 y 6.