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19 de Março de 2013, 21:00 , por Ligia - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Notícias (sobre temas de interesse aos gts, por nós mesmas)

Notícias (sobre temas de interesse aos gts, por nós mesmas)

 

Quem Foram As Mulheres Contra a Ditadura

6 de Dezembro de 2015, 6:29, por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda

Quem foram essas mulheres?

Dinalva Oliveira Teixeira (1945 – 1974) foi uma guerrilheira do Araguaia. Integrou o movimento estudantil baiano, e trabalhou na guerrilha como professora e parteira. Depois de capturada, passou dias na prisão em tortura, até ser executada numa mata, com um tiro de frente, a seu pedido. Seu corpo nunca foi encontrado.

Iara Iavelberg (1944 – 1971) foi uma militante da guerrilha armada contra a ditadura. Conheceu o movimento na Universidade de São Paulo quando cursava graduação em psicologia. Integrou o movimento, tornando-se posteriormente companheira de Carlos Lamarca. Foi morta a tiros num cerco ao aparelho em que residia. O laudo médico afirmou “suicídio“, e só muito recentemente, por meio da Comissão da Verdade e do documentário “Em Busca de Iara”, a justiça brasileira reconheceu a causa da morte como assassinato.

Lígia Salgado Nóbrega (1947 – 1972) foi uma guerrilheira da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. Estudava pedagogia na USP e integrou o movimento após o AI-5. Foi morta no pseudo confronto conhecido como Chacina de Quintino, quando tinha 24 anos, e estava grávida de dois meses. A polícia alegou que houve enfrentamento das pessoas, mas a ausência de pólvora na mão dos cadáveres descreditou a hipótese. Testemunhas alegam que Lígia se rendeu com as mãos na cabeça após a aproximação da polícia.

Ana Maria Nanciovic Correa (1947 – 1972) foi uma guerrilheira militante da Ação Libertadora Nacional e Grupo Tático Armado. Teve contato com os movimentos estudantis na Faculdade de Belas Artes da UFRJ. Foi morta a tiros num restaurante em São Paulo, no bairro da Mooca, junto com colegas, após o dono do estabelecimento os reconhecerem num aviso de busca.

Inês Etienne Romeu (1942 – 2015) foi a única militante que sobreviveu a Casa da Morte. Inês passou por diversas prisões, torturas e encarceramentos durante a ditadura. Foi peça chave para fuga, livramento e reconhecimento de alguns companheiros. Em 2003, foi encontrada caída e ensanguentada após o ataque de um marceneiro contratado, o que levantou suspeitas de vingança ainda contra o período ditatorial. Morreu dormindo, em casa, em abril de 2015.

Aurora Maria Nascimento Furtado (1946 – 1972) foi uma militante da ALN durante a ditadura. Trabalhou como bancária no Banco do Brasil, e após o AI-5, passou a viver na clandestinidade. Aurora teve seu nome envolvido em diversos assaltos realizados pelo grupo militante. Morta dentro da “Invernada de Olaria”, seu corpo foi encontrado na rua crivado de balas, com marcas de severas torturas, e entregue à família num caixão lacrado. Dentre as marcas, um corte do umbigo à vagina, seios já sem mamilos, fraturas externas e olhos fora da órbita.

Maria Auxiliadora Lara Barcelos (1945 – 1976) foi uma guerrilheira da VAR Palmares, que cometeu suicídio no exílio após diversas prisões e torturas no Brasil. Ingressou na faculdade de medicina de Minas Gerais, abandonando um anos depois para viver na clandestinidade, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi detida junto com um companheiro e um amigo, e levados ao DOPS para sessões de interrogatório e tortura. Foi exilada no Chile com outros presos para recuperação do embaixador suíço no Brasil. De lá, foi para o México, a Bélgica, e finalmente Alemanha Ocidental, onde passou em primeiro lugar no curso de língua alemã e continuou o curso de medicina. Ao saber do início das investigações de Berlim sobre ela e seu passado, teve o psicológico abalado, crises de amnésia, que culminou com seu suicídio, em junho de 1976.

Marilena Villas Boas (1948 – 1971) foi uma guerrilheira e estudante de psicologia da Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro. Entrou na clandestinidade após perseguição e passou a integrar o MR-8. Responsável pela morte do major que abordou a ela e o companheiro, foi levada ao DOPS e torturada até a morte com um tiro no pulmão. Seu corpo foi enterrado em caixão lacrado.

Heleny Guariba (1941 – 1971) foi uma guerrilheira, professora e produtora teatral. Estudou teatro na França e na Alemanha, e deu aluna no Teatro de Arena ao retornar. Foi presa em Poços de Caldas, sendo torturada e solta em 1971. Quando se preparava para deixar o país, foi presa novamente e desapareceu. Seu corpo nunca foi encontrado, e até hoje é dada como desaparecida política.

Dinaelza Coqueiro (1949 – 1974) foi uma militante contra ditadura e guerrilheira do Araguaia. Fez os estudos na Bahia, onde conheceu o movimento estudantil. Vista pela última vez em 30 de dezembro de 1973, ao ser interrogada, diz-se que cuspia e insultava os agentes policiais. Foi morta por agentes do CIEx, e seu corpo nunca foi encontrado. Até hoje é dada como desaparecida política.

Pauline Reichstul (1947 – 1973) nasceu em Praga, filha de judeus poloneses, e veio ao Brasil na primeira infância. Foi na Universidade de Genebra, na Suíça, onde passou a ter contato com o movimento dos estudantes brasileiros. Denunciava internacionalmente os crimes contra humanidade ocorridos no Brasil durante a ditadura. Sequestrada, como o esposo Ladislau Dowbor, foi torturada até a morte, e mesmo depois de devidamente identificado o corpo, Pauline foi enterrada como indigente.

Nilda Carvalho Cunha foi uma militante contra a ditadura, estudante secundarista e bancária. Aos dezessete anos de idade, foi presa no cerco que assassinou Iara Iavelberg. Sofreu todo tipo de tortura física, sexual e psicológica. Ao ser libertada dois meses depois, ficou cega e morreu em semanas, decorrente de delírios e perturbações psíquicas. A mãe de Nilda, Esmeraldina Carvalho Cunha passou a denunciar publicamente a objetivação política da morte da filha, e em alguns meses, foi encontrada morta em sua casa, enforcada por um fio de telefone.

Todo respeito a todas as mulheres que lutaram para que todos os direitos fossem garantidos.

Todas essas mulheres eram estudantes.

E essa aqui também é.

Foto por Marlene Bergamo.

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10 fotos que mostram a força das garotas nos protestos em São Paulo | QGA

5 de Dezembro de 2015, 7:54, por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda

10 fotos que mostram a força das garotas nos protestos em São Paulo

Lute como uma garota.

4 de dezembro de 2015

(Foto: Thiago Pompeu)

(Foto: Joel Silva/Folhapress)

(Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

(Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

(Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)

(Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

(Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

(Foto: Reprodução/Facebook)

(Foto: Joel Silva/Folhapress)

(Foto: Reprodução/Twitter)



Há 60 anos: Rosa Parks se nega a ceder lugar a um homem branco – 01/12/2015 – Mundo – Folha de S.Paulo

3 de Dezembro de 2015, 22:04, por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda

Há 60 anos: Rosa Parks se nega a ceder lugar a um homem branco

Rosa Parks é uma mulher negra que se tornou símbolo da luta antirracismo. Em 1º de dezembro de 1955, a costureira americana se negou a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em Montgomery (Alabama), onde regiam leis de segregação racial.

A atitude de Parks motivou um boicote aos ônibus da cidade e provocou protestos em diversos locais do país. Na esteira do movimento, foram estabelecidas as Leis dos Direitos Civis, que trouxeram melhorias para a vida dos negros, mas a disparidade social por razões étnicas ainda é grande nos EUA.

Veja galeria de imagens:

1º.dez.1955/Associated Press

Essa é Rosa Parks, uma mulher negra que se tornou símbolo da luta antirracismo. Em 1º de dezembro de 1955, Parks se negou a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em Montgomery (Alabama), onde regiam leis de segregação racial



Justiça determina que planos de saúde paguem três vezes mais por parto normal | Portal Fórum

3 de Dezembro de 2015, 16:27, por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda

Veja também


Decisão foi provocada por ação do Ministério Público de São Paulo, com a intenção de reduzir o número de partos cirúrgicos no país

Por Aline Leal, da Agência Brasil

A Justiça Federal em São Paulo determinou esta semana que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) crie normas para que planos de saúde paguem aos profissionais de saúde, no mínimo, três vezes mais por parto normal do que por cesárea.

A decisão foi provocada por ação do Ministério Público de São Paulo, com a intenção de reduzir o número de partos cirúrgicos no país. A agência tem 60 dias para elaborar resoluções normativas que apliquem a determinação judicial e, em caso de descumprimento, terá que pagar R$ 10 mil por dia.

A Justiça também determinou que a agência reguladora crie notas de qualificação para as operadoras, de acordo com as ações para redução de cesarianas As operadoras e hospitais estão obrigados, ainda, a credenciar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento de trabalho de parto e no parto.

A sentença também traz determinações que já estão sendo cumpridas pela ANS. É o caso da obrigatoriedade de as operadoras fornecerem informações sobre os percentuais de parto normal e cesariana dos obstetras e hospitais remunerados por elas; de determinarem a utilização do cartão gestante como documento obrigatório a ser fornecido às gestantes e, ainda, de terem o partograma como condição para recebimento da remuneração da operadora

Em nota, a ANS ressaltou que, além de estar cumprindo estas três últimas determinações, está desenvolvendo, em parceria com o Hospital Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), o projeto Parto Adequado, que está implantando, em mais de 40 hospitais de todo o país, estratégias para mudar o modelo de atenção ao parto e reduzir as cesáreas desnecessárias.

Segundo a agência reguladora, em seis meses, os hospitais que estão desenvolvendo o projeto conseguiram aumentar as taxas de partos normais de 19,8% para 27,2%.

Em relação às demais determinações do MPF/SP, a agência informa que, tão logo receba a notificação judicial, irá analisar e se manifestar quanto às medidas cabíveis.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o percentual de partos cesáreos no Brasil chega a 84% na saúde suplementar. Segundo a pasta, a cesariana, quando não há indicação médica, aumenta em 120 vezes o risco de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Ao todo, cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no país estão relacionados à prematuridade.

(Foto: Astaffolani/Wikimedia Common)

dezembro 3, 2015 10:43

TAGS: cesáreasparto normal



É preciso tomar as ruas e barrar o golpe | Consulta Popular

3 de Dezembro de 2015, 11:34, por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda

É preciso tomar as ruas e barrar o golpe

Posted qui, 03/12/2015 – 00:11

A Consulta Popular vem a público repudiar o ataque golpista do Deputado Eduardo Cunha contra a democracia. Ao aceitar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o corrupto Eduardo Cunha reafirma a agenda golpista dos inimigos do povo: as forças neoliberais e o imperialismo que têm seus interesses representados principalmente nas movimentações antinacionais e antipopulares do capital financeiro, de setores do empresariado, da direita partidária, do monopólio midiático conservador e de setores do judiciário.

Defender a legalidade do mandato da presidenta Dilma é defender a democracia. Neste sentido, devemos construir ampla unidade na sociedade para derrotarmos o movimento de restauração do neoliberalismo em curso.

Eduardo Cunha usa do cargo de presidente da Câmara para retaliação e busca de impunidade. O aviltamento das instituições e sua subordinação aos interesses pessoais de um acusado de corrupção é a expressão de uma profunda crise política que só uma Constituinte poderá dar respostas capazes de fazer o Brasil avançar na construção do desenvolvimento econômico e social.

Este fato aprofunda a crise política e nos encaminha para um perigoso impasse institucional. A polarização política tende a ser crescente. As iniciativas de setores da esquerda de buscar soluções pela via da conciliação de classes foi derrotada hoje.

Não é hora de baixar a cabeça. As ruas são do povo e é pela manutenção dos direitos, por mudanças na política econômica e pela democracia que seguiremos ocupando-a. Eduardo Cunha jogou sua última ficha pra se manter ativo nesse jogo, mas nessa partida quem da as cartas é o povo brasileiro!

Abaixo o golpismo!

Por uma Constituinte!

Pátria Livre! Venceremos!!!

Consulta Popular 2 de dezembro: http://www.consultapopular.org.br/noticia/%C3%A9-preciso-tomar-ruas-e-barrar-o-golpe

LEIA MAIS:

Pílula fica, Cunha sai

Posted ter, 01/12/2015 – 11:20

No último dia 25, mais uma vez as mulheres saíram às ruas pedindo o fim da violência. Além do tradicional 8 de março, já firma- do como uma data de luta feminista, 25 de novembro foi proclamado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1999 o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. É um dia para denunciar que a violência contra a mulher ainda é um fantasma que ronda a vida de todas.



GT DE MULHERES DO FBES

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